Há na ternura uma constância impossível na paixão e finita no amor romântico, que nela desagua muitas vezes. É um carinho rumorejante, oficialmente pouco ambicioso, mas capaz de resistir às mirabolantes tropelias do coração. Porque nem o ressentimento mais azedo pode garantir a sua morte, ela sobrevive, com doce arrogância, em meia-dúzia de neurónios fiéis depositários de recordações politicamente incorrectas. Também nasce de amizades surpresas e indiferenças "definitivas". Tudo isto sem alarde. Mas deixando marcas; pistas; tiros de partida; promessas de chegada:)...
Júlio Machado Vaz
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