sexta-feira, setembro 23, 2005

Cem anos de Orgasmo

Primeiro, vem a excitação, o prazer. Pupilas, pressão arterial, batimento cardíaco, bicos dos seios, clitóris e grandes lábios, tudo aumenta, incha, acelera. O sangue é retido na vagina, não apenas - também na boca e língua, às vezes no nariz e bochechas. A tensão acumula. E então, repentinamente, a tensão é liberada numa série de violentas contracções musculares, no interior da vagina, em todo o corpo.

Em 1905, Sigismund Schlomo Freud era um neurologista austríaco de cabelos negros com toques de grisalho. Tinha 49 anos, já era uma figura proeminente na efervescência cultural da Viena do tempo, mas não foi sem choque, naquele ano, que seus ?Três ensaios sobre a teoria da sexualidade? foram recebidos.
O choque era provocado por suas revelações sobre sexualidade infantil. Menos percebidas passaram suas observações sobre a existência de dois tipos de orgasmo feminino - para ele, o clitoriano era imaturo e o vaginal, adulto. Freud não foi o primeiro a dizer que havia também orgasmos vaginais, mas, antes dele, ninguém havia parado para estudar o assunto a sério.
O gozo feminino está fazendo 100 anos
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