domingo, fevereiro 13, 2005

Ponho um beijo
demorado
no topo do teu joelho

Desço-te a perna
arrastando
a saliva pelo meio

Onde a língua
segue o trilho
até onde vai o beijo

Não há nada
que disfarce
de ti aquilo que vejo

Em torno um mar
tão revolto
no cume o cimo do tempo

E os lençóis
desalinhados
como se fosse de vento

Volto então
ao teu joelho
entreabrindo-te as pernas

Deixando a boca
faminta
seguir o desejo nelas

Maria Teresa Horta