domingo, fevereiro 13, 2005

NAU CATRINETA



Lá vem a Nau Catrineta
Que tem muito que contar
São Paulo Portas à proa
Santanás a comandar

Ouvi agora senhores
Uma história de pasmar
D. Bagão conta o pilim
D. Morais trata das velas

D. Guedes limpa com VIM
Tachos, pratos e panelas
D. Pereira na enfermaria
Conta pensos e emplastros

E o D. António Mexia
Põe vaselina nos mastros
D. Durão deu à soleta
Enjoou de andar à vela

E Santa Manuela Forreta
Largou-os sem lhes dar trela
Aflito El-Rei Sampaio
Com estas novas tão más

Disse aos bobos de soslaio
Chamai lá o Santanás
Aqui estou meu Senhor
Vós mandasteis-me chamar?

Soube agora desse horror
D. Durão vai desertar?
Cala-te lá meu charmoso
Não me lixes mais a vida

Troco um cherne mal-cheiroso
Por um carapau de corrida?
Pobre da Nau Catrineta
Já lamento a tua sorte

Esta marinhagem da treta
Nem sabe onde fica o Norte
Parece que já estou vendo
Em vez de descobrir mundo

Ao primeiro pé de vento
Espetam com o barco no fundo
Ou então este matraque
Com pinta de Valentino

Gasta-me a massa do saque
Nas boîtes do caminho
Não se aflija meu Rei
Que agora vou assentar

Pois depois do que passei
Cheguei onde quis chegar
E por aquilo que passei
Aqui ninguém nos escuta
Eu quero mesmo é ser Rei
E vamos embora à luta
E f.... O zé povinho
Posted by Hello