quarta-feira, abril 20, 2005

As mentalidades começam a transformar-se

(continuação de Inocente ou Culpada? Proíbido Porquê? Herança Maldita, Século XIX - A Era Vitoriana e O Sexo e as Classes Sociais)


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Aos poucos o orgasmo feminino começou a ser admitido, mas com muita cautela.
A mulher que gozava sem amor era tida como ninfomaníaca, ao passo que o homem casado que frequentava os bordéis era considerado normal.
No século XX, estudos sobre a sexualidade humana como os de Wilhelm Reich (A função do orgasmo, 1927), Alfred Kinsey (Comportamento sexual do homem, 1948) e Masters e Johnson, que em 1950 observaram pela primeira vez os aparelhos genitais masculinos e femininos durante o ato sexual e em 1966 publicaram "A conduta sexual humana", elevaram a sexologia a um ramo legítimo das ciências humanas.
Agora, a mulher insatisfeita, o homem com problemas de erecção, com ejaculação precoce ou impossível, vão consultar o sexólogo: "No plano ético, ele coloca e define uma norma simples: o imperativo orgásmico, isto é, um contrato sexual recíproco do gozo que inaugura uma democracia sexual.

No plano técnico, ele ensina ao paciente a autodisciplina orgásmica", escreve o historiador Gerard Vincent.
Masters e Johnson relatam que na década de 50, seus pacientes eram homens preocupados com a impotência e a ejaculação precoce. A partir daí, surge um novo discurso feminino que expressa sua sexualidade e manifesta suas reclamações.
Dos anos 60 em diante, um número cada vez maior de mulheres vão consultá-los pela dificuldade ou incapacidade de atingir o orgasmo.