PROÍBIDO PORQUÊ ?
(continuação de Eva inocente ou culpada?)
Alguns acham que comer o fruto proibido se trata do acto sexual e que, tendo descoberto o orgasmo, Adão e Eva acreditaram ser iguais a Deus.
O judaísmo nunca considerou o pecado original um erro carnal e sim um pecado de conhecimento e competição com Deus. O cristianismo é muito mais severo com a mulher.
Na sua interpretação, a mulher é condenada como origem do pecado e da degradação: "Não permito à mulher ensinar nem dominar o homem; que ela se mantenha, portanto, em silêncio. Foi Adão o primeiro a ser modelado. Eva, só depois. E não foi Adão o seduzido e sim a mulher, que, seduzida, caiu na transgressão." (Primeira Epístola a Timóteo. 2:2-14). Eva tenta Adão e, pelo caminho do pecado original, caímos na condição humana com todo seu sofrimento.
Alguns acham que comer o fruto proibido se trata do acto sexual e que, tendo descoberto o orgasmo, Adão e Eva acreditaram ser iguais a Deus.
O judaísmo nunca considerou o pecado original um erro carnal e sim um pecado de conhecimento e competição com Deus. O cristianismo é muito mais severo com a mulher.
Na sua interpretação, a mulher é condenada como origem do pecado e da degradação: "Não permito à mulher ensinar nem dominar o homem; que ela se mantenha, portanto, em silêncio. Foi Adão o primeiro a ser modelado. Eva, só depois. E não foi Adão o seduzido e sim a mulher, que, seduzida, caiu na transgressão." (Primeira Epístola a Timóteo. 2:2-14). Eva tenta Adão e, pelo caminho do pecado original, caímos na condição humana com todo seu sofrimento.
Na nossa cultura judaico-cristã até hoje o sofrimento é considerado uma virtude e o prazer é visto com maus olhos. E não é sem motivo. Controlar os prazeres das pessoas é controlá-las.
O prazer sexual, por pertencer à natureza humana e atingir a todos sem exceção, sempre foi visto como o mais perigoso de todos. É o mais controlado, portanto.
Na Idade Média chegaram a ponto de afirmar que o acto sexual no casamento só estava isento de pecado se não houvesse prazer entre o casal, e o homem que sentisse muito desejo pela esposa estaria cometendo um verdadeiro adultério. Bom... se para o homem era assim, imaginem para a mulher, que o orgasmo não está vinculado à procriação! Nos séculos seguintes, a condenação da Igreja à prática carnal continuou intensa.
Desenvolveram uma ideologia potente de negação do sexo, tinham obsessão por superar o apetite sexual. Para eles a sexualidade representava um perigo gravíssimo e um defeito fatal; encaravam a virgindade como algo que se opunha e vencia a sexualidade e infelizmente não conseguiram perceber que a renúncia não afasta nem anula o desejo.
Para Santo Agostinho, o homem e a mulher feitos por Deus inicialmente tinham absoluto controle de seus corpos. No Jardim do Éden, se por acaso existiu sexo, certamente foi frio e espaçado, sem erotismo e nenhum êxtase. Seu objectivo seria apenas o de cumprir as exigências do processo reprodutivo.
Quando Adão e Eva caíram em pecado, tomaram consciência de impulsos novos e egoístas, isto é, da luxúria, sobre os quais não tinham controle. Imediatamente caíram em si e ficaram envergonhados de sua nudez. Como Adão e Eva não conseguiram controlar sua excitação, rapidamente fizeram tangas com as folhas de figueira, tentando esconder o que agora passava a ser chamado região pudenda (do latim pudere, ficar envergonhado). Santo Agostinho acreditava que os descendentes de Adão e Eva herdaram o desejo sexual incontrolável e a culpa da transgressão original. Os órgãos sexuais persistem na humanidade, independentes e perversos, de natureza intratável revelada no coito, suscitando nossa vergonha. (continua)
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