(Im) perfeição
Seria perfeito o traço da curva no papel,
se não houvesse por trás do compasso,
a mão imperfeita do homem.
Qual a beleza da perfeição?
Que beleza há na ausência absoluta
de ansiedade e história?
O rigor não me seduz.
Antes as mãos trêmulas,
o coração a baralhar na boca as palavras.
A precisão completa,
à qual nada seria complementar,
esta exatidão sem finalidades,
não me emociona.
O que mais nos moverá,
afora a vida, ela própria?
Qual a exatidão da vida?
Movo-me na existência curta
que me cabe,
num andar trôpego de afetos.
Meu trajeto longe de ser perfeito,
é um labirinto .
Não o pretendo exato no traçado.
Quero-o pleno nos significados.
Silvia Chueire
5 comentários:
Se
se todas as palavras forem gestos,
e todos os gestos, corpo e alma,
e todo corpo e alma for delírio,
e todo delírio, gozo
e todo gozo, for abismo
e todo abismo, nossa natureza,
e toda natureza for palavras,
e todas as palavras novamente gestos
e todos os gestos, canções,
e todas as canções, amor,
e todo o amor for vida,
e toda vida um suspiro,
e todos os suspiros, sentimento,
e todo sentimento um poema,
como este que pode não acabar,
aí então, tudo terá valido a pena.
silvia chueire
Olá Ima! Que bom rever-te por aqui.
Se ...., há sempre um se...
Vou postar este poema, posso?
Volta sempre
Bj
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