Hábitos de amar
Não é exacto que o prazer só perdura.
Muita vez vivido, cresce ainda mais.
Repetir as mil versões prévias, iguais
É aquilo que a nossa atracção segura:
O frémito do teu traseiro há muito
A pedi-las! Oh, a tua carne é ardil!
E a segunda é, que traz venturas mil,
Que a tua voz presa exija o desfruto!
Esse abrir de joelhos! Esse deixar-se coitar!
E o tremer, que à minha carne sinal solta
Que saciada a ânsia, logo te volta!
Esse serpear lasso! As mãos a buscar-
-Me. Tua a sorrir!
Ai, vezes que se faça:
Não fossem já tantas, não tinha tanta graça!
Bertolt Brecht
4 comentários:
Oh, que sugestivas, quentes, apetitosas, lascivas, voluptuosas e lúbricas flores.
Parecem ser como um bom vinho. Apetecem comer. Mastigar. Dar-lhes a volta, na boca, e depois, degustar e usufruir.
E, de novo, vezes e vezes sem conta, as colher, as cuidar, as mimosear e, de novo, as usufruir.
Oh, que famintos beijos na floresta....
Luís Vaz de Camões, in LUSÍADAS, canto IX
Fixe:)
Pa páva-te a coisita toda...
Postar um comentário
<< voltar