Quando a Saudade ...
Beijas-me o pensamento no comboio do vento
Estremeces na memória das minhas mãos
Chegas-me tal qual o deitar das pálpebras
A acariciar as margens do sono
Aflorando os tantos desejos dos sonhos
Vens-me como a anunciar
A respiração da gota de orvalho
Serenando a sede dos olhares áridos
Um abraço de nuvens suspensas
Na pele desalinhada pela saudade
Lembrar-te é sempre assim
Como um mergulhar de corpos em pétalas
Que se unem, florescendo nos lábios da entrega