sábado, setembro 30, 2006

O Amor é Fodido


"Nascemos todos com vontade de amar. Ser amado é secundário. Prejudica o amor que muitas vezes o antecede. Um amor não pode pertencer a duas pessoas, por muito que o queiramos. Cada um tem o amor que tem, fora dele. É esse afastamento que nos magoa, que nos põe doidos, sempre à procura do eco que não vem. Os que vêm são bem-vindos, às vezes, mas não são os que queremos. Quando somos honestos, ou estamos apaixonados, é apenas um que se pretende.Tenho a certeza que não se pode ter o que se ama. Ser amado não corresponde jamais ao amor que temos, porque não nos pertence. Por isso escrevemos romances - porque ninguém acredita neles, excepto quem os escreve.Viver é outra coisa. Amar e ser amado distrai-nos irremediavelmente. O amor apouca-se e perde-se quando quando se dá aos dias e às pessoas. Traduz-se e deixa ser o que é. Só na solidão permanece...

O amor é fodido. Hei-de acreditar sempre nisto. Onde quer que haja amor, ele acabará, mais tarde ou mais cedo, por ser fodido. (...) Por que é que fodemos o amor? Porque não resistimos. É do mal que nos faz. Parece estar mesmo a pedir. De resto, ninguém suporta viver num amor que não esteja pelo menos parcialmente fodido. Tem de haver escombros. Tem de haver progresso para pior e desejo de regresso a um tempo mais feliz. Um amor só um bocado fodido pode ser a coisa mais bonita deste mundo.”

António Esteves Cardoso

quarta-feira, setembro 27, 2006

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segunda-feira, setembro 25, 2006

Café com Leite

domingo, setembro 24, 2006

Nothing Compares 2 U



Sinead O'Conner

Cair de Véu


Saber o que és, dizer o teu corpo,
ouvir-te num breve instante,
dizer o que é amor sem o dizer,
tirar de mim um poema que te cante;

e ver passar-te por entre os dedos
o fio de luz que prende os teus olhos,
e vê-lo enrolar-se em segredos
quando a tua voz o apaga e acende;

tocar-te os lábios num fim de verso,
ver-te hesitar entre sorriso e mágoa,
perguntar se o teu rosto tem reverso,

e ter nele uma transparência de água:
é o que vejo em ti no cair de véu
em que me dás a terra que vale o céu.

Nuno Júdice

quinta-feira, setembro 21, 2006

O Mar e Tu


Andrea Bocelli & Dulce Pontes

Beijos do signo Gémeos


As pessoas deste signo são umas borboletas.
Os seus interesses e pensamentos, durante um beijo, podem oscilar entre uma piada alheia e a sua pessoa...
No meio de tudo, os nativos Gémeos ainda podem aproveitar para brincar ou morder-lhe a língua durante o beijo. Enfim, é difícil manter a concentração dessa gente cheia de artimanhas. Vai ser mais fácil "agarrá-lo" pela conversa do que pelo beijo, já que os Gémeos adoram falar, mas na hora de agir pouco fazem... Bem,alguém tem que tomar a iniciativa.
Por isso não hesite em tomar as rédeas. Ele ou ela ainda tentará dizer, em pleno beijo, que passou um passarinho por cima de vocês. Mas cabe a si fazer com que aquela mente inquieta pare, nem que seja por um minuto.

Fruto da Imaginação


A EU prepara-se para dar 280 milhões para os principais produtores de banana.
Portugal é o terceiro maior produtor de bananas da União Europeia, com produção na Madeira e Açores mas a Espanha receberá a "fatia de leão" pela produção nas Ilhas Canárias, depois a França pelas regiões de produção fora do país (Martinica e Guadalupe) e a seguir Portugal.
Notícia

sexta-feira, setembro 15, 2006

"Amor – pois que é palavra essencial”


Amor – pois que é palavra essencial
comece esta canção e toda a envolva.
Amor guie o meu verso, e enquanto o guia,
Reúna alma e desejo, membro e vulva.

Quem ousará dizer que ele é só alma?
Quem não sente no corpo a alma expandir-se
Até desabrochar em puro grito
De orgasmo num instante infinito?

O corpo noutro corpo entrelaçado,
Fundido, dissolvido, volta à origem
Dos seres, que Platão viu completados:
É um, perfeito em dois; são dois em um.

Integração na cama ou já no cosmos?
Onde termina o quarto e chega aos astros?
Que força em nossos flancos nos transporta
A essa extrema região, etérea, eterna?
Ao delicioso toque do clitóris,
Já tudo se transforma num relâmpago.
Em pequenino ponto desse corpo,
A fonte, o fogo, o mel se concentraram.

Vai a penetração rompendo nuvens
E devassando sóis tão fulgurantes
Que nunca a vista humana os suportara.
Mas, varado de luz o coito segue.

E prossegue e se espraia de tal sorte
Que, além de nós, além da própria vida,
Como ativa abstração que se faz carne,
A idéia de gozar está gozando.

E num sofrer de gozo entre palavras,
Menos que isto, sons, arquejos, ais,
Um só espasmo em nós atinge o clímax:
É quando o amor morre de amor, divino.

Quantas vezes morremos um no outro,
No úmido subterrâneo da vagina,
Nesse amor mais suave que o sono:
A pausa dos sentidos satisfeita.

Então a paz se instaura. A paz dos deuses,
Estendidos na cama, qual estátuas
Vestidos de suor, agradecendo
O que a um deus acrescenta o amor terrestre.

Carlos Drummond de Andrade.

quinta-feira, setembro 14, 2006

Via Láctea


O Céu como um todo, é muito bonito de se ver.
A sensação que damos quando os envolvemos na abóbada celeste, dizem ser muito forte e de difícil explicação.
Na nossa civilização, o nome Via Láctea vem dos gregos antigos, que a viam como um "caminho de leite" no céu. Será esta uma boa descrição?


Via: VideoSift

Imagens recolhidas na passada terça-feira durante a transmissão do jogo do Sporting

quarta-feira, setembro 13, 2006

Gatos & Ratos


A noite surgiu negra e tenebrosa, enquanto o negro gato dormia, no quarto branco, onde havia um rato preto e uma ratazana branca, igual a essas utilizadas para pesquisas e experiências de laboratório.
O rato preto gostou da rata branca. Ela também gostou do parceiro pretinho, prova que entre os ratos não existe qualquer preconceito racial de cor, como costuma ocorrer em alguns países entre os seres humanos.
Mas os grunhidos de amor dos ratos, parecidos com os de um casal de javalis, acordaram o gato preto, que miou contra a noite sem estrelas.
Miado grosso, porém carinhoso, chamando a companheira, a bonita gata branca, que estava no cio.
Depois do delicioso ato sexual, o gato e a gata, que também não tinham preconceito de cor, jantaram o casal de ratos.
"Tramas & Dramas da Vida Urbana” contos de Hildebrando Pafundi

sexta-feira, setembro 01, 2006

Qu' Olhões


Com Um Brilhozinho nos Olhos